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Foto do escritorPsicóloga Jéssica Nunes

A saúde mental das mulheres e o peso de “dar conta” de um papel idealizado

Mulher sobrecarregada
Mulher sobrecarregada

Me sinto exausta...

É como se eu tivesse que equilibrar mil pratos ao mesmo tempo.

Resolvo as coisas da casa, estudo com meu filho, e minha carreira ficou de lado depois da maternidade.

Não há solução – todos dependem de mim, e eu preciso dar conta de tudo.


Quantas vezes pensamentos como esses passam pela mente de tantas mulheres? A tentativa de corresponder a um papel social idealizado – ser a "mulher perfeita" – pode ser exaustiva. Muitas se veem presas em um ciclo de demandas infinitas: boa mãe, parceira exemplar, profissional competente, cuidadora dedicada. É um peso que, silenciosamente, cobra um preço alto.


Ao longo da história, as mulheres conquistaram importantes espaços: a entrada no mercado de trabalho, a liberdade sobre sua sexualidade e a autonomia para fazer suas escolhas. No entanto, essas transformações convivem com valores patriarcais ainda profundamente arraigados. A figura da "mulher multitarefas", que dá conta de tudo e todos, permanece como um ideal socialmente imposto.


Esse acúmulo de funções muitas vezes leva ao esgotamento. A pressão de atender expectativas inalcançáveis pode se manifestar em desânimo, ansiedade, depressão e até sintomas físicos – sinais de um sofrimento que precisa ser olhado com carinho e atenção.


Mas, e se fosse diferente?


É essencial refletir sobre o que, de fato, pertence à sua história e ao seu desejo – e o que é apenas um reflexo de expectativas impostas pela sociedade. Pergunte-se:


Por que me sinto obrigada a sustentar essa vida que me traz sofrimento?


Será que estou vivendo de acordo com o que acredito, ou apenas tentando atender ao que suponho que os outros esperam de mim?


Qual é o papel que eu gostaria de assumir na minha própria história?



Muitas vezes, achamos que não há outra solução, que estamos presas a esse roteiro. Mas e se você pudesse reescrevê-lo? E se, ao invés de tentar corresponder a esse ideal, você pudesse construir um caminho que respeitasse o que faz sentido para VOCÊ?


Entre o papel idealizado e o que realmente te move, existe um espaço poderoso de reflexão e transformação. Permitir-se repensar suas escolhas, redefinir prioridades e ouvir seus próprios desejos é um ato de coragem e cuidado consigo mesma.


Não se trata de abandonar responsabilidades, mas de criar uma vida mais alinhada com seus valores e aspirações. Afinal, o que importa é viver uma história que seja escrita por você – com leveza, autenticidade e propósito.


Um abraço!

Psicóloga Jéssica Nunes



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