Se você se sente esgotado e desmotivado, pode estar enfrentando a síndrome de burnout. Aprenda a reconhecer os sinais e sintomas desse transtorno. A síndrome de burnout, ou esgotamento profissional, afeta 33 milhões de brasileiros, de acordo com uma pesquisa da International Stress Management Association (ISMA-BR). Qualquer pessoa com uma jornada de trabalho exaustiva está sujeita a esse problema.
Se você se percebe como um workaholic, sem tempo de qualidade para lazer e convívio social ou familiar, cuidado! O esgotamento pode estar se aproximando.
### Causas da Síndrome de Burnout
A diferença entre burnout e depressão, estresse e ansiedade está no contexto em que ocorre. No burnout, as causas estão sempre relacionadas às condições de trabalho, incluindo:
- Sensação de desvalorização ou falta de reconhecimento profissional.
- Realização contínua de atividades monótonas e desmotivadoras.
- Centralização de responsabilidades e dificuldade de delegar tarefas.
- Incapacidade de se desligar do trabalho, atendendo telefonemas e respondendo e-mails fora do horário de expediente.
- Necessidade de demonstrar alto desempenho e perfeccionismo.
- Sobrecarga de atribuições.
- Ambiente de trabalho caótico, dificultando a administração do tempo e cumprimento de metas.
Como o diagnóstico não pode ser realizado por meio de exames laboratoriais, é importante estar atento à sua rotina para identificar a origem do distúrbio. Analise seu ritmo de trabalho e entenda que dedicar 12 horas diárias à sua profissão não é um bom indicador de produtividade.
Os sinais de esgotamento profissional surgem gradualmente. No início, você pode notar indícios sutis, como dores de cabeça, perda de concentração e fadiga.
Episódios assim são normais, desde que ocorram ocasionalmente. Porém, ao perceber que essas situações se tornam parte do dia a dia, fique alerta!
Se você não agir diante das primeiras evidências de que algo está errado em seu estilo de vida, os sintomas tendem a se agravar.
### Sintomas da Síndrome de Burnout:
- Insônia
- Alterações no apetite
- Pressão alta
- Dores musculares
- Irritabilidade e agressividade
- Aumento de conflitos com outras pessoas
- Apatia e alheamento em ocasiões sociais
- Procrastinação
- Sensação de fracasso, impotência, desmotivação e tristeza
- Visão turva ou embaçada
- Nervosismo
- Negatividade
- Tonturas frequentes
- Preocupação constante com o trabalho, mesmo fora dele
- Batimentos cardíacos alterados (palpitações)
- Dores de estômago ou problemas intestinais
- Cansaço persistente
- Isolamento social
- Queda na produtividade e desempenho profissional
- Baixa imunidade
- Problemas de memória e atenção
- Sentimento de insatisfação e perda do prazer com a vida
Se você tem observado esses sintomas no seu dia a dia, o ideal é procurar a ajuda de um psicólogo ou psiquiatra, que poderá realizar um diagnóstico preciso da sua condição.
Ansiedade, depressão e estresse podem ser confundidos com a síndrome de burnout. Portanto, é importante contar com auxílio profissional para descobrir as verdadeiras causas do transtorno e encontrar um tratamento específico e eficaz.
Seu corpo não é uma máquina. Cedo ou tarde, essa jornada insalubre trará sérios prejuízos, podendo estagnar suas capacidades produtivas.
“Burnout é o que acontece quando você tenta evitar ser humano por muito tempo.” — Michael Gungor
Um abraço.
Psicóloga Jéssica Nunes